A Liberdade Cristã e seus Limites
O crente que é de fato liberto procura sempre obedecer e agradar a Deus. E, assim, torna-se um bom exemplo para o proximo. Pois fomos libertos da escravidão do pecado para servir a Cristo e aos nossos semelhantes (Rm 7:5,6; Gl 5:13; 1Pe 2:16). Outrossim, a liberdade, em Cristo, deve ser controlada pelo amor (Cl 5:13,14).
Sem o ministerio do Espirito Santo, o crente pode cair na libertinagem ou no legalismo. O Espirito nos guarda da libertinagem, guiando-nos no exercicio da liberdade cristã, mediante a Palavra de Deus e através do controle que Ele exerce na vida interior do crente (1Co 6:19,20). Esse controle é descrito na biblia como (1) "andar em Espirito" (Gl 5:16); (2) "viver em Espirito" (Cl 5:25); (3) "andar segundo o Espirito" (Rm 8:4); (4) "ser guiado pelo Espirito" (Rm 8:14); (5) "ser cheio do Espirito" (Ef 5:18).
O Cristão e sua Conduta na Igreja (vv.23-26)
Quer saibamos, ou não, alguém esta sempre nos observando, dentro e fora da igreja, para imitar a nossa conduta e o nosso viver cristãos. São crianças, adolescentes, jovens, novos convertidos, crentes duvidosos etc. Os testemunhos são muitos nesse sentido.
1) Coisas inconvenientes (v.23).
"Nem todas as coisas convem". São coisas que não edificam a vida cristã; elas subtraem em vez de somarem.
2) A prática do altruismo (v.24).
Quando o amor de Deus predomina, o crente é movido a buscar e a promover o bem-estar do proximo, principalmente dos necessitados e domesticos da fé (Cl 6:10). Este principio biblico é reforçado em Filipenses 2:4 e Romanos 14:21.
3) Sabedoria do crente no comer (v.23). Este versiculo, juntamente com o seu contexto, trata de alimentos, inclusive aqueles ligados as praticas religiosas pagãs da época. A carne exposta no mercado era um artigo publico e nada tinha com a idolatria, o que não ocorria com a carne proveniente dos templos pagãos. Ver Ex 34:15; 1Tm 4:4; Lc 10:7. Ler 1Co 8:1-13.
4) O principio "do Senhor é a terra e toda sua plenitude" (v.26).
Esta é uma citação do Salmo 24:1. Toda a criação pertence por direito ao Criador; a terra e as coisas que nelas há. Tudo chegou a existir porque Ele tudo criou para o bem do homem.
O Cristão e o seu Meio Social (vv.27:30)
1) O cristão e os eventos sociais (v.27a).
Nos dias de Paulo, o destaque maior na sociedade eram os festivais pagãos, onde predominavam a bebida forte, a música sensual, a licenciosidade e os rituais idolatricos. Hoje é bem pior. A iniquidade esta multiplicada (Mt 24:12). Homens e mulheres entregam-se a dissolução, cometendo todo tipo de torpeza (Ef 4:19).
2) O certo e o errado.
Como um filho de Deus pode saber o que é certo ou errado, tendo em vista a doutrina biblica e a lei moral de Deus? Aqui vão alguns pontos basicos: 1) O caso, ou fato, em questão tem apoio na Palavra de Deus? 2) O caso gera má impressão em nós e nos outros? 3) Resulta em glória para Deus? 4) Suscita duvida? 5) Resulta em mal para a própria pessoa, ou para o proximo? 6) Motiva o crente a orar?
O Cristianismo não veio fazer do crente um misantropo ou eremita, contanto que o nome do Senhor não seja vituperado. Pois o proprio Cristo aceitou convites para eventos sociais em casa particulares (Lc 7:36).
4) A consciencia cristã (v.28).
A temática da consciencia é tão importante que é mencionada quatro vezes no texto em estudo (vv.25-29). Se o alimento a que se refere a passagem estivesse ligado à idolatria, o cristão, uma vez ciente disso, deveria abster-se dele, pois há ampla provisão de Deus na terra, e a abstinencia, em tais casos, não o prejudicará.
Alguns crentes de Corinto comiam carne oferecida aos idolos, certos de que o Senhor nosso Deus é o único Senhor, e que o idolo nada é. Portanto, não importa se a carne posta a venda tinha sido oferecida aos idolos ou não. Eles entendiam que o ritual pagão era totalmente nulo, porque o idolo não tem vida, nem poder, nem personalidade. Porém, outros crentes daquela congregação admitiam que o fato de aquela carne estar associada a ritos pagãos tornava-a imunda e imprópria para um cristão. Tais crentes viam no grupo anterior uma prática reprovavel que motivava escandalo aos mais fracos, servia de tropeço e de mau testemunho. Ver 1Co 8:1-13.
A biblia mostra, em 1Co 8:1-3, que, nesses casos, não é o nosso conhecimento que soluciona o problema, mas o amor de Deus fluindo no crente. "A ciencia incha, mas o amor edifica". O crente, pela fé, torna-se filho de Deus e, pelo amor de Deus, faz-se servo uns dos outros.
A consciencia, em si mesma, não é autoridade nem guia para orientar-nos em materia de salvação e de conduta cristã. Tal autoridade esta nas Sagradas Escrituras (Is 8:20; Sl 119:105; 2Tm 3:15). A consciencia apenas vigia nossos atos conforme as nossas convicções. E, como todas as demais areas da natureza humana, ela foi afetada pela queda no Éden, e pode chegar a ser cauterizada (1Tm 4:2). Por isso, tem de ser purificada pelo sangue de Jesus (Hb 9:14).
O Cristão e a Glória de Deus (v.31)
1) Por que estamos aqui.
Uma das razões por que Deus nos deixa aqui, neste mundo, após salvar-nos da perdição, é para que promovamos a gloria do seu Nome através da evangelização, do testemunho, da beneficencia ao proximo, do louvor e adoração, da comunhão dos santos, da promoção de seu Reino, do amor manifesto por meio de nós etc. Glorificar a Deus é, pois, o propósito principal da nossa vida neste mundo.
2) Meios e formas de glorificar a Cristo.
Alguns desses meios são: 1) louvor (Sl 50:23); 2) boas obras resultantes da salvação (Mt 5:16); 3) obediência do crente a Cristo (2Co 9:13); 4) frutos espirituais (Jo 15:18); 5) consagração ao Senhor (1Co 6:20); 6) confissão da fé em Jesus (Fp 2:11); 7) sofrimento por amor a Cristo (Fp 1:20); 8) mediante o nosso corpo como templo de Deus (1Co 6:19,20).
A Triplice Divisão da Raça Humana (v32)
1) Judeus, gentios e igreja de Deus.
Diante de Deus, a humanidade toda constitui-se desses tres grandes grupos de pessoas (v.32).
a) Judeus. São os descendentes de Abrãao, fundador da nação judaica. Embora religiosos, não são convertidos. No presente, poucos são os judeus que aceitam a Jesus como seu salvador e Messias.
b) Gentios. São todos os não-descendentes de Abrãao. Adotam falsas religiões; adoram falsos deuses. Na era presente, multido~es de gentios estão aceitando a Cristo.
c) Igreja. É o povo convertido a Deus, formado a partir dos dois povos acima. A Igreja é a presente habitação de Deus entre os homens. Ela precisa hoje de um real, soberano e poderoso avivamento do Espirito Santo para que multidões sejam salvas e preparadas para a vinda do Senhor que se aproxima celeremente.
2) Advertencia sobre os escandalos.
"Portai-vos de modo que não deis escandalo" (v.32). O apostolo Paulo recimenda: "Não dando nós escandalo em coisa alguma" (2Co 6:3). Contudo, segundo advertiu o Senhor Jesus em Mateus 18:7, os escandalos são inevitaveis. Algumas causas de escandalos: 1) perseguição por causa da Palavra (Mt 13:21); 2) a crucificação de Cristo (1Co 1:23); 3) abuso da liberdade cristã (1Co 8:9).
Que, nesse sentido, cumpra-se em cada servo de Deus o que esta escrito em Filipenses 1:10: "Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem escandalo algum ate ao dia de Cristo".
Conclusão
A liberdade cristã é "a liberdade com que Cristo nos libertou" (Gl 5:1) de toda servidão do mal e do pecado para servirmos a Deus, e também para sermos uma bênção para os outros. Ela tem a ver conosco, porque somos o seu alvo; tem a ver com Deus, porque fomos salvos para glorifica-lo e tem a ver com o proximo, porque "somos servos uns dos outros" (Gl 5:13; Rm 15:2).
O crente que é de fato liberto procura sempre obedecer e agradar a Deus. E, assim, torna-se um bom exemplo para o proximo. Pois fomos libertos da escravidão do pecado para servir a Cristo e aos nossos semelhantes (Rm 7:5,6; Gl 5:13; 1Pe 2:16). Outrossim, a liberdade, em Cristo, deve ser controlada pelo amor (Cl 5:13,14).
Sem o ministerio do Espirito Santo, o crente pode cair na libertinagem ou no legalismo. O Espirito nos guarda da libertinagem, guiando-nos no exercicio da liberdade cristã, mediante a Palavra de Deus e através do controle que Ele exerce na vida interior do crente (1Co 6:19,20). Esse controle é descrito na biblia como (1) "andar em Espirito" (Gl 5:16); (2) "viver em Espirito" (Cl 5:25); (3) "andar segundo o Espirito" (Rm 8:4); (4) "ser guiado pelo Espirito" (Rm 8:14); (5) "ser cheio do Espirito" (Ef 5:18).
O Cristão e sua Conduta na Igreja (vv.23-26)
Quer saibamos, ou não, alguém esta sempre nos observando, dentro e fora da igreja, para imitar a nossa conduta e o nosso viver cristãos. São crianças, adolescentes, jovens, novos convertidos, crentes duvidosos etc. Os testemunhos são muitos nesse sentido.
1) Coisas inconvenientes (v.23).
"Nem todas as coisas convem". São coisas que não edificam a vida cristã; elas subtraem em vez de somarem.
2) A prática do altruismo (v.24).
Quando o amor de Deus predomina, o crente é movido a buscar e a promover o bem-estar do proximo, principalmente dos necessitados e domesticos da fé (Cl 6:10). Este principio biblico é reforçado em Filipenses 2:4 e Romanos 14:21.
3) Sabedoria do crente no comer (v.23). Este versiculo, juntamente com o seu contexto, trata de alimentos, inclusive aqueles ligados as praticas religiosas pagãs da época. A carne exposta no mercado era um artigo publico e nada tinha com a idolatria, o que não ocorria com a carne proveniente dos templos pagãos. Ver Ex 34:15; 1Tm 4:4; Lc 10:7. Ler 1Co 8:1-13.
4) O principio "do Senhor é a terra e toda sua plenitude" (v.26).
Esta é uma citação do Salmo 24:1. Toda a criação pertence por direito ao Criador; a terra e as coisas que nelas há. Tudo chegou a existir porque Ele tudo criou para o bem do homem.
O Cristão e o seu Meio Social (vv.27:30)
1) O cristão e os eventos sociais (v.27a).
Nos dias de Paulo, o destaque maior na sociedade eram os festivais pagãos, onde predominavam a bebida forte, a música sensual, a licenciosidade e os rituais idolatricos. Hoje é bem pior. A iniquidade esta multiplicada (Mt 24:12). Homens e mulheres entregam-se a dissolução, cometendo todo tipo de torpeza (Ef 4:19).
2) O certo e o errado.
Como um filho de Deus pode saber o que é certo ou errado, tendo em vista a doutrina biblica e a lei moral de Deus? Aqui vão alguns pontos basicos: 1) O caso, ou fato, em questão tem apoio na Palavra de Deus? 2) O caso gera má impressão em nós e nos outros? 3) Resulta em glória para Deus? 4) Suscita duvida? 5) Resulta em mal para a própria pessoa, ou para o proximo? 6) Motiva o crente a orar?
O Cristianismo não veio fazer do crente um misantropo ou eremita, contanto que o nome do Senhor não seja vituperado. Pois o proprio Cristo aceitou convites para eventos sociais em casa particulares (Lc 7:36).
4) A consciencia cristã (v.28).
A temática da consciencia é tão importante que é mencionada quatro vezes no texto em estudo (vv.25-29). Se o alimento a que se refere a passagem estivesse ligado à idolatria, o cristão, uma vez ciente disso, deveria abster-se dele, pois há ampla provisão de Deus na terra, e a abstinencia, em tais casos, não o prejudicará.
Alguns crentes de Corinto comiam carne oferecida aos idolos, certos de que o Senhor nosso Deus é o único Senhor, e que o idolo nada é. Portanto, não importa se a carne posta a venda tinha sido oferecida aos idolos ou não. Eles entendiam que o ritual pagão era totalmente nulo, porque o idolo não tem vida, nem poder, nem personalidade. Porém, outros crentes daquela congregação admitiam que o fato de aquela carne estar associada a ritos pagãos tornava-a imunda e imprópria para um cristão. Tais crentes viam no grupo anterior uma prática reprovavel que motivava escandalo aos mais fracos, servia de tropeço e de mau testemunho. Ver 1Co 8:1-13.
A biblia mostra, em 1Co 8:1-3, que, nesses casos, não é o nosso conhecimento que soluciona o problema, mas o amor de Deus fluindo no crente. "A ciencia incha, mas o amor edifica". O crente, pela fé, torna-se filho de Deus e, pelo amor de Deus, faz-se servo uns dos outros.
A consciencia, em si mesma, não é autoridade nem guia para orientar-nos em materia de salvação e de conduta cristã. Tal autoridade esta nas Sagradas Escrituras (Is 8:20; Sl 119:105; 2Tm 3:15). A consciencia apenas vigia nossos atos conforme as nossas convicções. E, como todas as demais areas da natureza humana, ela foi afetada pela queda no Éden, e pode chegar a ser cauterizada (1Tm 4:2). Por isso, tem de ser purificada pelo sangue de Jesus (Hb 9:14).
O Cristão e a Glória de Deus (v.31)
1) Por que estamos aqui.
Uma das razões por que Deus nos deixa aqui, neste mundo, após salvar-nos da perdição, é para que promovamos a gloria do seu Nome através da evangelização, do testemunho, da beneficencia ao proximo, do louvor e adoração, da comunhão dos santos, da promoção de seu Reino, do amor manifesto por meio de nós etc. Glorificar a Deus é, pois, o propósito principal da nossa vida neste mundo.
2) Meios e formas de glorificar a Cristo.
Alguns desses meios são: 1) louvor (Sl 50:23); 2) boas obras resultantes da salvação (Mt 5:16); 3) obediência do crente a Cristo (2Co 9:13); 4) frutos espirituais (Jo 15:18); 5) consagração ao Senhor (1Co 6:20); 6) confissão da fé em Jesus (Fp 2:11); 7) sofrimento por amor a Cristo (Fp 1:20); 8) mediante o nosso corpo como templo de Deus (1Co 6:19,20).
A Triplice Divisão da Raça Humana (v32)
1) Judeus, gentios e igreja de Deus.
Diante de Deus, a humanidade toda constitui-se desses tres grandes grupos de pessoas (v.32).
a) Judeus. São os descendentes de Abrãao, fundador da nação judaica. Embora religiosos, não são convertidos. No presente, poucos são os judeus que aceitam a Jesus como seu salvador e Messias.
b) Gentios. São todos os não-descendentes de Abrãao. Adotam falsas religiões; adoram falsos deuses. Na era presente, multido~es de gentios estão aceitando a Cristo.
c) Igreja. É o povo convertido a Deus, formado a partir dos dois povos acima. A Igreja é a presente habitação de Deus entre os homens. Ela precisa hoje de um real, soberano e poderoso avivamento do Espirito Santo para que multidões sejam salvas e preparadas para a vinda do Senhor que se aproxima celeremente.
2) Advertencia sobre os escandalos.
"Portai-vos de modo que não deis escandalo" (v.32). O apostolo Paulo recimenda: "Não dando nós escandalo em coisa alguma" (2Co 6:3). Contudo, segundo advertiu o Senhor Jesus em Mateus 18:7, os escandalos são inevitaveis. Algumas causas de escandalos: 1) perseguição por causa da Palavra (Mt 13:21); 2) a crucificação de Cristo (1Co 1:23); 3) abuso da liberdade cristã (1Co 8:9).
Que, nesse sentido, cumpra-se em cada servo de Deus o que esta escrito em Filipenses 1:10: "Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem escandalo algum ate ao dia de Cristo".
Conclusão
A liberdade cristã é "a liberdade com que Cristo nos libertou" (Gl 5:1) de toda servidão do mal e do pecado para servirmos a Deus, e também para sermos uma bênção para os outros. Ela tem a ver conosco, porque somos o seu alvo; tem a ver com Deus, porque fomos salvos para glorifica-lo e tem a ver com o proximo, porque "somos servos uns dos outros" (Gl 5:13; Rm 15:2).