quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mentes Esquecidas...(Mateus 28:1;10)

E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela.E o seu aspecto era como um relâmpago, e as suas vestes brancas como neve.E os guardas, com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos.Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado.Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que eu vo-lo tenho dito. E, saindo elas pressurosa mente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos.E, indo elas a dar as novas aos seus discípulos, eis que Jesus lhes sai ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram. Então Jesus disse-lhes: Näo temais; ide dizer a meus irmäos que väo à Galiléia, e lá me verão.


No ultimo domingo e à alguns meses atras, ouvimos falar de Páscoa. O comércio "ferve" as propagandas de tv divulgam com entusiasmos. Um questionamento surgiu em minha mente: qual a semelhança de um coelho com o ovo de chocolate?. Uma coisa eu tenho a plena certeza; a mente de nossa sociedade é esquecida. Só olharmos para a política brasileira, passa ano e entra ano,e os políticos que falamos mal deles continuam lá,como? nós votamos neles,esquecemos muito rápido, o ontem, e o esquecimentos trais prejuízo absurdos sobre nós mesmos.

No dia 21 de abril é comemorado o dia da inconfidência Mineira .uma data marcante na historia de Minas, e ,do Brasil; mais está data foi lembrada por poucos. Uns diz que é porque é feriado ,então tem que aproveitar a folga ,sair, passear, viajar e outras coisas mas. A correria, o cansaço,a fadiga, a falta de tempo também tem contribuído para as mentes esquecidas. Tiradentes, um homem de ideais, e lutou por eles; lutou tanto que até morreu. E nós será que também morreremos pelos nossos? por isso entendo que é uma data para ser lembrada,refletida.

No dia 22 de abril  também temos uma data muito importante dia do aniversário do Brasil; mais  "o coelhinho" tirou todo o foco, ele conseguiu fazer com que esquecêssemos o verdadeiro significado da páscoa imagina a data de aniversário do Brasil.

No domingo todos eufóricos ;uns querendo dar ovos de páscoa, outros querendo ganhar; chocolate pra aqui,chocolate pra li, com certeza o dia passou, a Páscoa acabou, e muitos nem sequer lembrou que na mesma data comemorava, a ressurreição de Jesus O Cristo. Deixou toda sua glória, padeceu naquela cruz, por mim e por você. Através de sua morte e ressurreição temos a esperança da vida eterna, é uma data que não pode passar em branco; que um "coelhinho" não pode apagar. Deus lhe abençoe.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

riquezas: Fazem parte da promessa de Deus

Riquezas:
Fazem parte da promessa de Deus
Faltava somente uma coisa...Deus prometera a Abraão que a sua descendência sairia com riquezas: "...eu julgarei a gente a que tem de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas". (Gn 15:14).
Através da sarça-ardente, quando chamou Moises e mandou-o de volta ao Egito para tirar de lá os filhos de Israel, Deus disse-lhe: "Eu darei merce a este povo aos olhos dos egipcios; e, quando sairdes, não sera de mãos vazias. Cada mulher pedira a sua vizinha e a sua hóspeda joias de prata, e joias de ouro, e vestimentas; as quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis os egipcios". (Ex 3:21-22).
Assim, antes de deixar o Egito e num momento em que os egipcios queriam que os hebreus se fossem embora o mais depressa possivel: "Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moises e pediram aos egipcios objetos de prata, e objetos de ouro, e roupas. E o Senhor fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egipcios, de maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os egipcios". (Ex 12:35-36).
Os filhos de Israel sairam do Egito como um exercito vitorioso, carregado de ricos despojos. Teria sido justo? Certamente. Os hebreus tinham trabalhado arduamente no Egito, por 430 anos, sem remuneração. Deus como que forçou os egipcios a pagar os "salarios atrasados" aos hebreus.
Posteriormente, Deus, no Monte Sinai, mandou que Moises construisse uma tenda que seria "a habitação de Deus". O proprio Deus deu instruções detalhadas e rigorosas para a construção da tenda. Como poderiam aqueles escravos, recem-libertados e com as condições do deserto, construir uma tenda com objetos tao ricos e trabalhados, usando madeira, bronze, ouro, tecidos e bordados?
"Fala aos filhos de Israel que me tragam ofertas; de todo homem cujo coração o mover para isso, dele recebereis a minha oferta. Esta é a oferta que dele recebereis: ouro, e prata, e bronze, e estofo azul, e púrpura, e carmesim, e linho finop, e pelos de cabra, e peles (...) azeite para luz, especiarias para o óleo de unção e para o incenso..." (Ex 25:2-6).
Precisamente, das riquezas que haviam trazido do Egito. O povo atendeu e as ofertas foram tantas que Moises teve de ordenar que parassem de as trazer (Ex 35:20-29; 36:5-7). Daqui, podemos ter uma noçao de todas as riquezas que o povo de Deus trouxe consigo ao ser liberto da escravidão.
Seculos mais tarde, recordando as maravilhosas obras do Senhor em favor de Israel, o salmista lembra a noite e a manhã, terriveis para os egipcios, mas gloriosas para os filhos de Israel: "Tambem feriu de morte a todos os primogênitos da sua terra, as primicias do seu vigor. Entao, fez sair o seu povo, com prata e ouro, e entre as suas tribos nao havia um só invalido. Alegrou-se o Egito quando eles sairam, porquanto lhe tinham infundido terror". (Sl 105:36-38).

Fonte: livro "a resposta através do fogo" Bispo Alfredo Paulo

1º e 2º Corintios (Parte 02)

O Homem sob tres planos biblicos
De vez em quando, todos precisamos tirar retrato para os fins mais diversos. Dai a necessidade de se ir a um estudio fotografico. Espiritualmente falando, o estudio de Deus é a sua Palavra. Nela, podemos ver o nosso retrato tal qual é: sem Qualquer retoque. Pois a Palavra de Deus é fiel. Neste mundo, o homem é classificado de muitas maneiras. É classificado de acordo com a situação em que se encontra, ou segundo os objetivos que traçou para a sua vida. No entanto, Deus classifica os seres humanos sob tres planos como veremos no decorrer desta lição. Nao temos como escapar dessa classificação. Ou somos o homem natural, ou o homem espiritual, ou o homem carnal.
No transcorrer da lição, identifique-se diante de Deus. Voce esta incluso no grupo do homem natural, espiritual, ou carnal?
O homem natural
Embora o plano mais elevado para o homem seja o espiritual, Deus começa, em sua Palavra, pelo plano mais inferior: o natural. Isto é, começa a falar do homem que vive a vida a natural, a vida deste mundo, e que nao tem o Espirito Santo no seu viver.
1) a descrição do homem natural.
Ele é chamado natural porque ainda nao experimentou a regeneração. Vive segundo a natureza pecaminosa e decaida desde a queda ocorrida no Éden. Ele esta perdido. A menos que aceite a Jesus, nao há solução para ele. Esse homem nao pode ser reformado nem melhorado. Ele tem de ser transformado pelo poder do Espirito Santo (Rm 8:9; 7:18). Não importa quao bom, culto, educado, experiente, moralista e religioso seja, se nao aceitar a Cristo, estara irremediavelmente perdido e morto em seus pecados (Sl 14:1-3; Rm 3:23; 8:9).
a) o mesmo termo traduzido natural em 1Co 2:14, é traduzido animal, em 1Co 15:44, referindo-se ali ao corpo impulsionado e controlado pela alma humana e suas paixões. O nosso termo "alma" vem do latim anima, e nada tem a ver com animal e, sim, criatura especial de Deus (Gn 1:26,27; Sl 8:4-6).
b) o mesmo termo é traduzido sensuais em Jd v.19, no sentido de ser governado apenas pelos sentidos naturais da alma, e nao pelo Espirito Santo. "Sensual", aqui, nao se refere a volupia, lascivia, cobiça carnal ou a incontinencia, mas ao que é percebido pelos sentidos.
c) o mesmo termo é ainda traduzido animal em relação a sabedoria que nao procede do Espirito Santo, e sim da capacidade puramente humana; inteiramente da alma humana. Esses fatos biblicos ajudam a descrever o homem chamado natural.
2) Natural tambem significa não trabalhado.
Ou seja: não transformado, não modificado, não processado, nao cultivado. Exemplo: a madeira tal qual cortada do tronco; não trabalhada, bruta. Vamos dar um outro exemplo: a pedra como se encontra na pedreira; não polida, nem esculpida. Assim é o homem natural. Ele se acha morto em seus pecados; ainda nao foi transformado pelo Espirito Santo. Ele precisar nascer de novo para tornar-se agradavel aos olhos de Deus.
3) o homem natural e seus impedimentos.
a) ele não compreende as coisas de Deus. Sua mente carnal nao alcança nem valoriza as coisas divinas porque não tem o Espirito Santo.
b) ele nao entende as coisas de Deus. Para entender é preciso primeiro compreender.
c) ele nao discerne as coisas de Deus porque elas sao espirituais. Na natureza carnal, nao habita bem algum de ordem espiritual (Rm 7:18). Eis mais alguns textos sobre o homem natural: em Ef 2:3; At 26:14; 2Pe 2:12.
d) ele desconhece completamente as coisas sobrenaturais de Deus. Ele só entende as coisas fisicas, materiais; as coisas deste mundo; desta vida.
Se voce, leitor, ainda é este homem natural, identifique-se diante de Deus, e corra para Jesus. Receba a sua salvação poderosa e transformadora. E isso nao é tudo. É preciso viver inteiramente para Ele. Não basta te-lo como nosso salvador; é imprescindivel segui-lo e servi-lo como nosso supremo Senhor.
O Homem Espiritual (1Co 2:15)
O homem espiritual é assim chamado por ser impulsionado, controlado e dirigido pelo Espirito Santo. O seu "eu" esta vivo, mas se acha crucificado com Cristo (Gl 2:20; Rm 6:11). O plano (e a vontade) de Deus é que sejamos espirituais (Rm 12:1,2). Ver mais sobre o homem espiritual em Gl 6:1; 1Pe 2:5; Hb 5:14.
1) o relacionamento do homem espiritual com Deus.
o homem espiritual é exatamente o inverso do homem natural. Este relacionamento é triplice:
a) o homem espiritual aceitou a Cristo como seu Salvador e "nasceu de novo" espiritualmente (Jo 3:5).
b) ele submete-se inteiramente a Cristo como seu Senhor, em todas as areas da sua vida.
c) ele é cheio do Espirito. Tem vigor e vida espiritual abundante, como ocorre entre o trono e os ramos da videira (Jo 15:5).
2) a condição do homem espiritual diante de Deus.
a) o homem espiritual é cheio do Espirito Santo, o qual possibilita-o a viver para Deus.
b) sendo cheio do Espirito Santo, esse crente da fruto espiritual automatica e abundantemente para Deus, uma vez que esse fruto, de que fala a Biblia, não vem do esforço humano: vem da natureza divina do Espirito que age com toda a liberdade na vida do crente. Ver 2Pe 1:4).
c) o homem espiritual tem a mente de Cristo. E, pelo Espirito Santo, discerne bem a tudo (1Co 2:16).
Essa é a vontade de Deus para todo crente. A Biblia descreve a condição do homem espiritual como sentado nas "regiões celestiais" com Cristo (Ef 1:3; 2:6).
O homem Carnal
Pelo contexto desta passagem e de outras congêneres, ve-se que o homem carnal é crente e salvo. Não obstante, sua vida cristã é mista, dividida e marcada por constantes subidas e descidas. Ele é um crente que "começa pelo Espirito e termina pela carne" (Gl 3:3). É chamado carnal porque a velha natureza adamica, herdada da raça humana, nele prevalece; ainda não foi subjugada pelo Espirito Santo (Rm 8:13).
A natureza humana pecaminosa, existente em todo crente, embora nao possa ser mudada, precisa ser mortificada e vencida pelo poder do Espirito Santo (Cl 3:5; Gl2:19; 6:14; Rm 8:13). Nem todo crente vive uma vida consagrada, nem se acha disposto a vencer plenamente a natureza adâmica. Na igreja de Corinto, muitos crentes eram carnais. A sua velha natureza estava livre para agir ao invés de "levar cativo todo pensamento a obediência de Cristo" (2Co 10:3-5). Isso só há de ser obtido por nossa inteira submissão a Cristo, como nosso Senhor, e pela obra santificadora do Espirito Santo em nosso ser (Rm 6:13; Gl 5:16).
Conforme esta escrito em Rm 6:11, nao é o pecado que morre dentro do crente; o crente é que deve morrer para o pecado e viver para Deus. Também, conforme Gl 6:14, nao basta o mundo estar crucificado para o crente; o crente é que tem de estar crucificado para o mundo. Um dos grandes perigos na vida cristã consiste em se descer da cruz. Essa é uma mensagem para quem já e discipulo de Cristo (Mt 16:24; Lc 14:27).
1) O relacionamento do homem carnal com Deus.
Ele entristece o Espirito Santo, fazendo o que bem quer. O Espirito Santo nao pode leva-lo a vida cristã abundante, poderosa e triunfante, porque o tal crente é imaturo e acha-se preso as coisas desta vida e deste mundo.
2) A condição do homem carnal diante de Deus.
Ele esta dividido: em parte vive para Deus, e em parte vive para agradar a si mesmo. Enquanto o homem espiritual vive no plano superior das "regiões celestiais", o carnal vive mais na esfera do terreno, porque a sua visão esta voltada para o natural.
3) Sinais do homem carnal.
a) é espiritualmente infantil; imaturo (1Co 3:1);
b) vive de "leite", no sentido de rudimentos da doutrina (Hb 5:12,13);
c) é sectario e dado a isso (1Co 3:4);
d) é dominado pela inveja (1Co 3:3);
e) é dado a contendas e considera isso uma virtude e um direito (1Co 3:3);
f) nao se aflige ante os problemas da igreja, como ocorria em Corinto (1Co 5:1-13; 6:13-20);
g) o carnal, com naturalidade e facilidade, move ação judicial contra a igreja e os irmãos na fé (1Co 6:1-8);
h) o crente carnal vive uma vida mista, querendo agradar a si mesmo, aos outros, ao mundo e a Deus (1Co 10:20,21).
Conclusão
O crente carnal deve refletir, e tomar a decisão de mudar de vida e afastar-se de tudo o que desagrada a Deus (Gl 6:7,8; Tg 1:13-15). Pois corre o risco de abandonar a fé (1Co 10:1-12). Segundo estudamos nesta lição, ele tem de se parar do mundanismo e purificar-se mediante o sangue de Jesus Cristo, o Espirito Santo e a Palavra de Deus. Enfim: deve apartar-se de tudo quanto contamina o espirito, a alma e o corpo, e aperfeiçoar a sua santificação no temor do Senhor (2Co 7:11).

sexta-feira, 22 de abril de 2011

1º e 2º Corintios (Parte 01)

Os Males da Divisão na Igreja
O apóstolo Paulo escreveu aos crentes de Corinto: "Irmãos meus, me foi comunicado que há contendas entre vós". Tais contendas vinham das facções, ou grupos rivais, que eles mesmos haviam formado em torno de seus obreiros prediletos. Essas divisões provinham da carnalidade e da imaturidade espiritual. Hoje, quando isso ocorre em nossas igrejas, sua origem é a mesma. A divisão em Corinto era tão grave, que o apóstolo Paulo (que nessa ocasião encontrava-se em Efeso) ocupou os quatro capitulos iniciais da Primeira Epistola aos Corintios para tratar do assunto.
A Natureza das Facções em Corinto
A desunião na igreja local prejudica a obra de Deus de muitas maneiras e a longo prazo. A igreja, via de regra, é acossada por males que vem de fora, mas aqui temos uma serie de maleficios que surge de dentro. Oremos a Deus, e esforcemo-nos para que nenhum de nós seja contado como divisionista na Igreja de Deus, ou que contribua para isso, porque Deus não terá o tal por inocente.
As origens do partidarismo na igreja
Em Corinto, as facções giravam em torno de seus obreiros preferidos (1Co 1:12,13; 3:4,5). É nosso dever honrar, respeitar, prezar e amar os obreiros do Senhor, mas não fazer deles idolos, nem deles formar grupos na congregação. As origens dessas divisões são como as raizes das plantas ocultas. E a Biblia fala da raiz que produz fel de absinto (Dt 29:18; Hb 12:15).
Fatores Contribuintes
a) A mesclagem de raças. Corinto era uma cidade cosmopolita de grande porte, com costumes, tradições e influencias das mais variadas partes do mundo.
b) As diferenças sociais entre os crentes de Corinto (1Co 1:26; 11:21,22). Esses e outros fatores não devem jamais motivar o cristão a ser contencioso, como acontecia naquela igreja. Ali, a contenda ocorria também nos cultos, inclusiva na Ceia do Senhor (1Co 11:17-19).
Os grupos rivais da igreja de Corinto (1Co 1:12)
Eram quatro esses grupos, ou facções, que o apóstolo expõe nos capitulos 1 e 3 de sua primeira epistola a essa igreja.
a) o grupo dos fundadores. Esse grupo gloriava-se em autoproclamar-se como o grupo de Paulo ("Eu sou de Paulo", 1Co 1:12). Eles jactavam-se da liberdade cristã em relação a lei judaica, e assim excediam-se em nome da liberdade como muitos cristãos continuam a fazer nos dias de hoje. Como bandeira de seu grupo, usavam indevidamente o nome do apóstolo.
b) o grupo dos intelectuais. Esse grupo autoproclamava-se "Eu sou de Apolo" (1Co 1:12; 3:4). Apolo era um pregador, talvez, mais eloquente que Paulo. Ver At 18:24-28; 1Co 2:1; 2Co 10:10. Era um intelectual fervoroso de espirito.
c) o grupo dos tradicionais. Esse grupo afirmava "Eu sou de Cefas" (1Co 1:12). O uso do termo aramaico Cefas aqui (equivalente ao grego Pedro) pode sugerir que esta facção fosse formada de judeus cristãos. Certamente espelhavam-se em Pedro por ser este um dos primeiros seguidores de Jesus.
Não consta na Biblia que Pedro tenha trabalhado em Corinto, mas a sua popularidade chegara ate lá através desses possiveis conversos judeus.
É um fenômeno que se repete hoje. Mesmo que um obreiro não visite, ou trabalhe, em determinado lugar, pode tornar-se bem conhecido ali por outros meios.
d) o grupo exclusivista. Os componentes desses grupo, ou facção, diziam: "Eu sou de Cristo". Nenhum obreiro era aceito por eles; só Cristo. Nisso estava o seu grande erro. Eram exclusivistas; adeptos do perfeccionismos e do pietismo. Os discipulos de Jesus tinham falhas. O Senhor o sabia, mas os aceitou mesmo assim; trabalhou em suas vidas e os melhorou. Mais tarde, uma vez o Mestre assunto aos ceus, eles receberam o poder Espirito Santo, e continuaram a fazer a obra do Senhor. Aos outras facções vincularam-se a homens, mas este grupo só admitia um lider: Cristo. Entre tanto, se o proprio Cristo viesse a dirigi-los, em pessoa, eles o rejeitariam.
A Causa das Facções
1) Havia carnalidade em Corinto (1Co 3:1,3).
"Porque ainda sois carnais", afirmou Paulo. Corinto era uma igreja pentecostal, mas havia permitido que o "velho homem" prevalecesse em detrimento da nova natureza implantada pelo Espirito Santo (2Co 5:17).
O crente precisa ser possuido integralmente pelo Espirito Santo: espirito, alma e corpo. O mesmo Espirito que manifesta poder no crente quer operar, antes de mais nada, a santidade em nossa vida (Ef 5:9; At 11:24a). Bom seria termos poder do alto sem aqueles problemas de Corinto. Mas ter problemas sem poder é pior. Busquemos o poder, e evitemos tais problemas em nós mesmos e na igreja.
2) Faltava maturidade espiritual em Corinto (1Co 3:1,2).
Imaturidade espiritual crônica é um dos maiores obstaculos na vida espiritual do crente. Instituições como creches e jardins de infancia precisam de rotina, disciplina, vigilancia, supervisão e primeiros socorros. Mas as crianças crescem, e logo tudo muda. Elas vão para outras series, em busca de conhecimentos mais solidos.
No sentido espiritual, nem sempre isso acontece. Paulo afirma que os irmãos corintios eram "meninos em Cristo" (1Co 3:1). Como esta o seu desenvolvimento espitual? E o seu crescimento na fé, no conhecimento, e na ativação das virtudes que devem secundar a fé cristã? Ver 2Pe 2:2; 1Pe 1:5-7.
3) Inobservância da doutrina biblica.
Os crentes de Corinto haviam sido doutrinados (At 18:11; Co 11:2; 4:7), mas continuavam alheios ao ensino da Palavra como a ressurreição (1Co 15:12). Eles davam-se a fornicação (1Co 5:1); tinham comunhão com os incredulos e envolviam-se com a idolatria (2Co 6:14-17).
Eles ainda não tinham compreendido que o equilibrio, a perenidade o crescimento e a ortodoxia de uma igreja, ou congregação local, dependem grandemente do conhecimento e da observancia das doutrinas biblicas. A Palavra de Deus deve ser rigorosamente observada.
A Cura da Desunião entre os crentes
1)Reconhecer o senhorio de Cristo.
Reconhecer e submeter-se a esse senhorio; isto é, a Cristo, o qual pertence a Deus como Filho Eterno e nosso Mediador. Aqui, acha-se compreendida a relação entre as pessoas da Trindade. Ver 1Co 3:22,23; 11:3b.
2) Reconhecer que as divisões fracionam a igreja como corpo de Cristo (1Co 3:9,17).
E quem as promove pode sofrer o julgamento divino. A divisão é obra do Inimigo (1Co 12:25). Em Cristo, todos somos um.
3)o amor promove e fortalece a união.
Um crente cheio do amor de Deus, promove e fortalece a união entre os outros crentes, pois o amor de Deus é comunicante e apaziguador por natureza. Ver 1Co 8:1b.
4) o sangue de Jesus Cristo.
O sangue de Jesus que provê a nossa reconciliação com Deus, tem o poder, a virtude, o mérito e a eficácia de promover a paz, a união e a comunhão entre os membros do corpo espiritual de Cristo (Cl 1:20; Ef 2:13,14; 1Co 10:16). Invoquemos, pela fé, o poder do sangue que nos remiu e aproximou-nos de Deus, para que opere a união e a unidade entre os crentes em suas igrejas e congregações locais.
Conclusão
Facções, grupos e divisões são sempre danosos. Tais males sao chamados "obras da carne" em Cl 5:19,20. Ai, o termo traduzido por "heresias" nao significa primeiramente aberração doutrinaria, mas facçõo, grupos rivais, divisões. "Carne", nesse caso, é a natureza humana decaida, e sempre propensa ao pecado.
Crentes e grupos de crentes que vivem em contendas, rivalidades, conflitos que nunca terminam, estão na "carne", e devem meditar em textos como Rm 8:7,8 e Gl 5:17.
"Sois carnais", diz a biblia em 1Co 3:3. A carne pode ser muito culta, profissional e recheada de status, mas acha-se em rebeldia diante de Deus e sob condenação. Para um estudo mais profundo deste assunto, leia Rm 7:14 a 8:1.

História do Metodismo no Brasil (Parte 09)

A oposição ao trabalho
Não se faz esperar muito a reação contra a obra iniciada pelos metodistas. Já o Rev. Spaulding, em carta de 24 de julho de 1838, se refere a mesma, embora ate então nenhuma pessoa se tivesse convertido a Cristo. O interesse despertado pelas Escrituras, além da distribuição de folhetos, começou a preocupar a alguns católicos fanaticos ou menos esclarecidos, sobretudo entre o clero. Logo surgiu o semanario O Católico com o objetivo de combater a obra missionaria, mas nao tendo sido muito feliz, reapareceu mais tarde sob o titulo de O Católico Fluminense. Todavia, o povo nao lhe deu grande importancia, nem os missionarios perderam tempo em responder as suas diatribes. Os artigos ao inves de granjearem a simpatia do publico, levavam mais gente a querer examinar a Biblia. Assim, o referido jornal cessou de atuar ao termino de poucos meses.
Nesse interim também alguns clérigos resolveram embargar-lhes a semeadura, servindo-se do pulpito, do confessionario e da imprensa. O mais conhecido deles foi o Padre Luis Gonçalves dos Santos (1767 - 1844), apelidado o Perereca, autor das Memórias para a Historia do Reino do Brasil. Em linguagem ferina e, por vezes maldosa, escreveu tres obras verberando a propaganda evangelica que os metodistas vinham efetuando. Foram publicadas em 1837, 1838 e 1839, tendo como titulos, respectivamente: Desagravo do clero e do povo catholico fluminense ou Refutação das mentiras e calúnias de hum impostor que se intitula missionario do Rio de Janeiro; Antidoto Catholico contra o veneno Metodista ou refutação do segundo relatório do Intitulado missionario do Rio de Janeiro; O Catholico e o Methodista, ou refutação das doutrinas heréticas e falsas, que os intitulados missionarios do Rio de Janeiro, Methodistas de New York tem vulgarisado nesta Côrte do Império do Brasil, por meio de huns impressos chamados tracts, com o fim de fazer proselitos para a sua seita; Refutação do texto do tratado dos Methodistas...Esta última saida a lume posteriormente e impressa em Niterói. As demais foram-no pela Imprensa Americana de I.P. da Costa, no Rio de Janeiro. A mais volumosa é a terceira, ou seja O Catholico e o Methodista...que abrange 230 páginas, sem incluir as 27 da introdução. Nela refuta 60 textos colhidos nos folhetos de Spaulding e Kidder, e apresenta nas últimas paginas Provas do Maquiavelismo dos Methodistas, além de um Apendice Curioso dedicado ao nosso missionario do Rio de Janeiro, e companhia.
Dois trechos da mesma servem para demonstrar o impacto causado pelo trabalho dos missionarios metodistas, bem como a virulência do contendor:
"Como é possivel que na Corte do Império da Terra de Santa Cruz, a face do seu imperador, e de todas as autoridades eclesiásticas e seculares, se apresentem homens leigos, casados, com filhos, denominados Missionarios do Rio de Janeiro, enviados de New York, por outros tais como eles, protestantes calvinistas, para pregar Jesus Cristo aos Fluminenses?" E ainda, noutro trecho, aceverava o violento sacerdote:
"Coisa incrivel, mas desgraçadamente certissima, estes intitulados missionarios estao há perto de dois anos entre nós procurando com a atividade dos demônios perverter os católicos, abalando a sua fé, com pregações publicas na sua casa, com escolas semanarias e dominicais, espalhando Biblias truncadas e sem notas, enfim, convidando a uns e a outros para o protestantismo e muito especialmente para abraçar a seita dos metodistas, de todos os protestantes os mais turbulentos, os mais relaxados, fanaticos, hipócritas e ignorantes".
Os livros do Padre Luis Gonçalves dos Santos são hoje desconhecidos, só existindo na secção de obras raras de alguma biblioteca publica ou de bibliófilo, ao passo que a Escritura Sagrada prossegue em sua marcha vitoriosa, cada vez mais lida e mais estimada por milhões de brasileiros. E quanto aos metodistas, considerados tão vilmente, ai esta a historia para julga-los.
A primeira vida ceifada
Ao enaltecermos a obra do Rev. Daniel P. Kidder, devemos levar em conta o apoio e a inspiração que recebeu da jovem esposa, Sra. Cynthia Harris Kidder. Ambos decidiram entregar as vidas ao trabalho de Deus, mas podendo realizá-lo em sua própria nação, vieram para o Brasil. Todavia o Rev. Kidder não se deteve no Rio de Janeiro, pois encarnou como poucos o espirito do itinerante metodista. Durante os dois anos de permanência em nosso Pais, passou viajando grande parte do tempo, e isso exigiu da amável companheira todo desprendimento e compreensão.
Parece que a Sra. Kidder não tinha uma boa constituição fisica. Na travessia para o Brasil ressentiu-se bastante. Depois, o marido, referindo-se a um passeio que fizeram a cavalo pelos arredores da cidade, escreve que D. Cynthia se achava recuperando de recente enfermidade.
E mais tarde, quando tudo já corria bem e o jovem missionario externava seus novos planos a dileta companheira, quase repentinamente a mesma precisou de recolher-se ao leito. Lê-se, a propósito, no "Diário" dele as seguintes anotações:
"Domingo, Abril 5, 1840: Mrs. Kidder não passou bem quanto a saude, de modo que esteve ausente ao culto da noite".
Diversos médicos foram chamados, ao se pressentir a gravidade do mal. Recorreu-se ao que de melhor podia a ciência oferecer na ocasião, na cidade do Rio. O Rev. Kidder desdobrou-se em carinho.
As vigilias prolongaram-se durante noites seguidas. Mas tudo em vão. Só por um milagre a enferma poderia curar-se. Afinal, no dia 16, cerca das 4:00 horas da manhã a sra. Kidder deixou de pertencer a vida presente. O corpo foi removido para a capela do cemiterio dos ingleses, no bairro de Gamboa, e sepultado nessa mesma necrópole as 4:00 da tarde.
O oficio funebre foi dirigido pelo ministro da Igreja Anglicana, estando presente também seu colega da Igreja Alemã, alem de muitos amigos, americanos, ingleses, alemães, franceses, e brasileiros. Sobre o tumulo levantou-se uma laje com o seguinte epitafio: "Sagrada a Memória da Sra. Cynthia Harris, esposa do Rev. Daniel P. Kidder, Missionaria Americana". Faleceu em 16 de Abril de 1840, aos 22 anos e seis meses.
Abriu-se um "hiato" no trabalho metodista
A morte de Mrs. Kidder transtornou a vida de seu jovem marido alem de lhe ferir duramente o coração, atirando-lhe sobre os ombros o inteiro cuidado de duas crianças, uma das quais, sem duvida, nascida depois de o casal aportar ao Rio de Janeiro. Dois marcos, portanto, da passagem da familia por nosso pais e, ao mesmo tempo, da primeira missão metodista.
Por esses motivos, o Rev. Kidder achou conveniente regressar aos Estados Unidos. A 9 de maio embarcou no "Azelia", levando as crianças consigo. É impossivel descrever o seu estado de espirito quando o navio levantou ferros e se foi distanciando mais e mais da Guanabara: para tras ficara aquela que ele tanto amava e que escolhera para companheira de seus nobres ideais.
O casal McMurdy também se retirou mais ou menos na mesma ocasião. Ficou apenas o Rev. Spaulding e familia. Mas, também estes regressaram, em fins de 1841. Escreveu a proposito o autor de Cincoenta Anos de Metodismo no Brasil.
"Ainda que aquela primeira missão metodista, como trabalho organizado, terminasse no fim de 1841, contudo ainda permaneceu um elo vivo e pessoal que ligou aquele com o movimento moderno do metodismo, e este elo foi a familia Walker que pertencia a Igreja de então e que passou a pertencer a atual Igreja Metodista no Brasil..."
É preciso levar em conta, outrossim, que a semente espalhada por Spaulding e pelos companheiros contribuiu para descerrar caminhos a outros obreiros evangelicos que vieram depois deles. Relata o Rev. G. E. Strobridge, biografo e genro de Kidder que, quinze anos após sua partida do Rio de Janeiro, certo missionario de outra denominação fez amizade com um proeminente cidadão brasileiro, homem de vida realmente cristã, e a quem perguntou a causa desta mudança. Respondeu: "Tudo isto eu devo a Biblia que deixou comigo há muitos anos o Padre Kidder".
Fonte: História do Metodismo no Brasil - José Gonçalves Salvador - Imprensa Metodista

quinta-feira, 21 de abril de 2011

História do Metodismo no Brasil (Parte 08)

Rev. Kidder, figura extraordinária
Kidder era ainda jovem quando embarcou para o Brasil, pois contava apenas vinte e dois anos de idade. Mas já possuia boa dose de experiencia. Havia-se convertido quando adolescente e se unira a Igreja Metodista, a contragosto da familia. Estou em diversos colegios e, por ultimo, formou-se na Wesleyan University em 1836. Já então se decidira pelo pastorado e chegara ate a sonhar em ir para a China como missionario. Não conseguindo realizar este proposito, aceitou o convite que lhe endereçou o Bispo Waugh, em 1837, para trabalhar no Brasil. Aqui chegando com a familia, entrou imediatamente em atividade. Alem do estudo da lingua portuguesa, iniciado quando navegava no "Avon", e dos cultos que dirigia em Engenho Velho ou na cidade, substituindo Spaulding, devotou-se especialmente a divulgação das Escrituras na forma impressa, e a do seu ensino atraves de folhetos. Todas as oportunidades eram sabiamente aproveitadas no sentido de levar ao povo a Palavra de Deus, quer se tratasse de simples passeio, ou de reunião festiva, de visita familiar, hospitalar ou a pessoa de destaque. Kidder costumava presentear com um volume da Biblia ou do Novo Testamento, ou com um folheto, a quem lhe prestasse algum favor ou gentileza. Havia gente que vinha pedir-lhe o precioso livro, desde modestos trabalhadores ate diretores de escolas; outros o faziam por carta. Por diversas vezes encontrou mesmo a simpatia de sacerdotes, aqui e ali. As remessas nunca bastavam para atender a obra empreendida, fosse o escrito em ingles, frances ou portugues. A Sociedade Biblica Americana, de que era agente, mandava-lhe exemplares de quando em quando.
O Rev. Kidder não se limitou a capital, ou Corte como se dizia, nem aos vilarejos existentes ao longo do percurso ate ao Macacu. Viajou tambem a cidade de São Paulo e foi ao interior da provincia, sempre com o objetivo de verificar as condições de cada lugar, distribuir a Palavra de Deus e fazer novas amizades. Na capital bandeirante travou contato com o ex-p´residente da provincia, Rafael Tobias de Aguiar, com o Senhor Vergueiro, com o Padre Feijó, com o Conselheiro Brotero, presidente em exercicio da Faculdade de Direito, com os Andradas e com outras pessoas ilustres. Nessa oportunidade visitou por mais de uma vez a Assembleia Provincial tendo, então, sugerido a diversos de seus membros a introdução da Biblia, como livro texto das escolas, obrigando-se ele, Kidder, a fornecer os volumes necessarios. A ideia teve boa acolhida e o deputado Antonio Carlos de Andrada se incumbiu de encaminhar a proposta a egrégia Assembléia, mas quando tudo ia caminhando quse sem entraves, um sacerdote residente no Rio de Janeiro, insinuou ao bispo desta diocese que a tradução talvez houvesse sofrido alterações, e isto bastou para impedir o andamento do projeto.
Da viagem a Provincia de São Paulo deixou o Rev. Kidder interessante e valioso relato, bem como da que empreendeu ao nordeste do Brasil - Sua obra traduzida sob o titulo de Reminiscencias de Viagens e Permanencia no Brasil, é considerada classica, pois, de modo geral, descreve com fidelidade tudo quando observou nos curtos anos que viveu em nossa Pátria. De outro lado, revelou-se de grande utilidade no tornar melhor conhecido o Brasil entre os de lingua inglesa naquela época, e bem assim entre nós, os das novas gerações.
Sabemos que o ilustre missionario escreveu diversos outros trabalhos e colaborou posteriormente na redação de O Brasil e os Brasileiros, do Rev. J.C. Fletcher, presbiteriano. Foi, portanto, com sobejas razões, que na sessão de 5 de junho de 1841 no Instituto Historico e Geografico Brasileiro seu nome foi apresentado, afim de ser inscrito no rol dos socios correspondentes do sodalicio.

Fonte: História do Metodismo no Brasil - José Gonçalves Salvador - Imprensa Metodista

História do Metodismo no Brasil (Parte 07)

Spaulding redobra suas atividades
O Rev. Spaulding esforçou-se por aprender a língua portuguesa, de modo que no espaço de alguns meses já podia usá-la para conversar e para anunciar o Evangelho. Não se circunscreveu, porém, a cidade. Viajou, conforme sabemos, ate a Serra dos Órgãos, Iguaçu, e numa excursão de barco, com o Rev. Kidder, ate a região de Macacu, na província do Rio de Janeiro, distribuindo folhetos e exemplares do Novo Testamento assim como da Bíblia.
Pelo visto, a obra conduzida por Spaulding ia muito alem da simples pregação verbal em recintos fechados, tais como salões alugados e lares de amigos. É certo que, devido a carência de recursos financeiros e por amor a verdade, aceitara o encargo de agente da Sociedade Bíblica Americana, de sorte a suplementar a manutenção da família e do próprio trabalho espiritual.
Nas suas relações com o povo fluminense, constatou o inolvidável missionário haver grande interesse pelas Escrituras, tanto que as remessas recebidas via Estados Unidos, se esgotavam em breve lapso de tempo. Não era, pois, para estranhar, a agitação criada no seio do clero, incitando-o a provocações e a represálias, com prejuízo a sementeira iniciada em hora tão feliz por Spaulding e Kidder.
A ultima de três cartas, datada de 14 de dezembro de 1841, ao Rev. Charles Pittman, secretario correspondente da Sociedade Missionária da Igreja Metodista Episcopal, por Spaulding, é bastante esclarecedora nesse sentido. Vale a pena traduzir alguns dos seus trechos. Em um dos mesmos, assim se expressa o autor: “A influencia de nossos esforços entre o povo do pais pode ser inferida, ao menos em parte, do recente folheto imoderado e abusivo publicado aqui pelo Bispo de Centúria agora residindo em um dos conventos do Rio, no qual diz: Pasmo ao ver a avidez com que tais Bíblias corruptas são recebidas e lidas por leigos ignorantissimos, e por alguns cléricos ainda, se possível é, mais ignorantes, etc.”. E Spaulding prossegue: “Mas posso assegurar-lhe e a todos os amigos da Bíblia que não seria preciso que ele limitasse os seus comentários mal-humorados aos leigos ignorantes e ainda mais aos clérigos ignorantes, pois senadores e deputados da nação, presidentes das províncias, oficiais do governo e da marinha, e do exercito, doutores, advogados, negociantes e homens de todas as camadas com gratidão não fingida receberam esse Livro, e é esperado que o Autor Divino concordará em que seja para eles e suas famílias uma rica fonte de instrução, admoestação e conforto”. Vê-se, assim, quão extensa era a divulgação das Escrituras e o desejo de muitos em conhecê-las.
Spaulding acrescenta logo adiante as razões porque os Protestantes admitem apenas como canônicos determinados livros do Antigo Testamento. Isto é, excluindo os Apócrifos, a exemplo da versão Judaica. Menciona depois alguns escritores do passado e o bem conhecido Concilio de Laodicéia, ao qual diversos daqueles eminentes padres estão ligados. E quanto a Bíblia, objeto das contestações, o argumento é simples, mostrando que o tradutor para a língua portuguesa, era nada menos que o sacerdote católico-romano, Antônio Ferreira de Figueiredo. Os cristãos-evangélicos não tinham, por conseguinte, motivos para se arrependerem. Ademais, afirma ainda Spaulding, é incompreensiva a atitude da Igreja no Brasil, cuja tolerância com respeito as obras de Voltaire, de Rousseau e de outros Deistas salta aos olhos, muito embora irreligiosas e ate opostas ao Cristianismo. Acham-se leitores em todas as classes, e com relativa facilidade se podem comprar nas maiores livrarias. Mas, quão diferentemente sucede em se tratando da Bíblia, pois “de uma a outra extremidade da nação” o clero levantava o povo contra aqueles que a espalhavam, taxando-os de hereges, e ao mesmo tempo dizia que o Império estava sob a maldição do céu, caso as autoridades não detivessem a obra nefasta “dos missionários metodistas” – Contudo, as circunstâncias tinham mudado bastante, e mudariam ainda mais, de sorte que os governantes se deixaram conduzir pelo bom-senso, ao invés de levados por paixões cegas e arbitrárias.
Além desse trabalho, caracterizado pela colportagem e pela pregação a viva voz, Spaulding dava assistência espiritual aos marinheiros, no domingo pela manhã, e durante a semana visitava, quando possível, os enfermos na Santa Casa, sobretudo os marujos e os cidadãos estrangeiros. Como não existisse capelão efetivo para atender aos homens do mar, o comodoro Nicholson convidou-o para dirigir o culto a bordo da fragata “Independência” na base naval do Rio de Janeiro. Grande parte do seu tempo já se achava tomado então, mas os amigos insistiam a que, também, abrisse uma escola, modelada pelo sistema inglês, na qual se ensinasse desde ler e escrever ate filosofia “e outras disciplinas”. Pois essa seria de igual modo, uma excelente forma de acesso ao povo e um bom serviço. No começo pesaria financeiramente, mas depois manter-se-ia por si mesma, diziam esses conselheiros. Tal alvitre, depois de ponderado, foi aceito e, assim, em fins de junho ou começo de julho de 1836, Spaulding instalou-se a Rua do Catete. Em breve a matricula alcançou 15 alunos, sendo 5 do sexo feminino, oscilando as idades entre quatro e catorze anos. Era necessario, por conseguinte, a vinda de mais obreiros, de que deu conhecimento as autoridades da Igreja, nos Estados Unidos, e ao mesmo tempo solicitou dois professores, sendo um para os meninos e uma senhora ou senhorita para as meninas. Tendo em mira, tambem, a expansao da obra, revelou a conveniencia da aquisição de um terreno e a construção nele do indispensavel edificio.
Alcançavam mais longe os olhos do Rev. Spaulding. Antevia um pais grande perante si e habitado por um povo bom, apesar de dominado por superstições, tolhido pela ignorancia, sem saude fisica bastante e carente da verdadeira vida em Cristo. E isto o levou a recomendar a Igreja-Mãe o envio para o Brasil de um observador perspicaz, a fim de viajar pelo território e verificar "in loco" onde se deviam instalar escolas e novos pontos de evangelização. Realmente, na historia do metodismo, estas duas iriam caminhar juntas por toda parte: a instrução e a pregação do Evangelho.
Novos obreiros em ação
Em resposta as solicitações do Rev. Spaulding, a Sociedade Missionaria arregimentou mais gente. A 13 de novembro de 1837 sairam de Boston com destino ao Rio de Janeiro, no "Avon", o Rev. Daniel Parisk Kidder e a esposa, Mrs. Cynthia Harris Kidder, a filhinha, o Sr. R. McMurdy e a Srta. Marcella Russel, irmã de Mrs. Kidder, e que, depois, tornou-se a Sra. McMurdy. A viagem foi penosa, sobretudo para Mrs. Kidder, que permaneceu de cama durante os cinquenta e seis dias da travessia. Afinal, foi grande o regozijo de todos quando puderam abraçar os Spaulding e não menor os destes, porque os recem-chegados alem de patricios, eram companheiros de ideal. A obra metodista recebia, agora, um novo estimulo na pessoa dos novos missionarios, ansiosamente aguardados.
O Rev. Spaulding hospedou-os em seu lar. Entretanto, a familia Kidder seis meses depois achou mais conveniente mudar-se para Engenho Velho, local onde residia a maior parte dos norte-americanos e ingleses, os quais estavam sem assistencia religiosa. Por esta razão, um serviço de culto se instalou ali em carater permanente, ate quando o Rev. Kidder, um ano mais tarde, empreendeu algumas viagens demoradas.

Fonte: História do Metodismo no Brasil - José Gonçalves Salvador - Imprensa Metodista

quarta-feira, 20 de abril de 2011

IMW em Venda Nova / Belo Horizonte - MG

Estudo Ministrado na Escola Bíblica Dominical na IMW em Venda Nova / Belo Horizonte – MG
10/10/2010
Pastor Titular: PR. Murilo Junior
Ministrante: PR. Leopoldo

A Igreja e a Palavra I
"...e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela". (Mt 16:18b).

Objetivo Geral
Mostrar que a existencia e a sobrevivencia da Igreja depende da Palavra, bem como a propagação da Palavra depende da Igreja.
Comentario
A relação da Igreja de Jesus Cristo com a Santa Escritura, a Palavra de Deus, é uma relação tão profunda e indissociavel que, sob hipótese alguma, podemos permitir que seja rompida, porque isto compromete frontalmente a nossa identidade. O povo de Deus é dirigido e sustentado pela Palavra de Deus. Isso significa que ele se mantém pela Palavra, fazendo dela a sua vida, e também caminha por ela, pois sua conduta é definida através dela.
Nesta lição, vamos refletir sobre esta relação, estabelecendo aquilo que a Escritura afirma e buscando um entendimento mais aprofundado acerca desta verdade, uma vez que, enquanto Igreja, somos a "coluna e o baluarte da Verdade" (1Tm 3:15).
1. O Significado e a Origem da Igreja
A palavra Igreja no grego é "Eklésia", e tem como sentido basico um grupo de pessoas convocadas, uma assembleia.
Quando Moises diz ao povo que o Senhor havia-lhe dito: "Reune este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, a fim de que aprenda a termer-me todos os dias que na terra viver..." (Dt 4:10), a Septuaginta traduz a palavra "reune" (heb. qãhal) pelo termo grego ekklesiazõ, "convocar um assembleia", verbo congnato do sustantivo do Novo Testamento ekklésia, "igreja" (GRUDEM, 1999, p. 715).
Esse termo abarca, no Novo Testamento, tanto o sentido de um organismo vivo, que pode ser entendido como o Corpo mistico de Cristo formado por todos os crentes regenerados, nascidos de novo - mediante a fé no Senhor Jesus (1Co 12:27; Cl 1:18) - como também comporta o sentido organizacional, que também tem lugar no Novo Testamento. Este testemunha a escolha de diaconos para o serviço social dentro de uma comunidade (At 6:1-6), uma assembleia ou concilio constituido para definir questões doutrinarias (At 15), o envio de missionarios para plantação de novos trabalhos (At 13:1-3), a coleta de ofertas para auxiliar irmãos de outras localidades (2Co 9), o envio de cartas para igrejas (1Co 1:2; Rm 1:7; Ef 1:7, etc).
A origem da Igreja, historicamente, remonta a Pessoa de Cristo, o seu fundador (Mt 16:18). Ela tem em seu embrião os apóstolos do Cordeiro, os que primeiro receberam a Palavra, e foram chamados para participar da missão de Jesus (Jo 17:8,14,18). Tendo recebido o Espirito Santo em seu interior (Jo 20:21,22), após a ressurreição do Mestre, aguardaram a descida deste mesmo Espirito (At 1:8; Lc 24:49), inaugurando o seu aparecimento em publico, ou a sua manifestação historica como fenômeno social.
2. A Igreja depende da Palavra
O Novo Testamento faz uso de tres figuras principais para a Igreja: Corpo de Cristo (Cl 1:18; 1Co 12:12-27), Templo com suas pedras (1Pe 2:5-8; Ef 2:20-22), A Noiva (Ap 19:7). Todas testemunham a intima relação entre a Igreja e a palavra:
2.1 A Igreja enquanto corpo de Cristo e a palavra enquanto testemunho de Cristo: a) A Palavra é a semente mediante a qual a Igreja foi gerada, sendo portanto, causa imediata de sua existencia. Tiago afirma que fomos gerados pela Palavra, texto este que nos remete ao inicio de nossa existencia enquanto crentes, filhos de Deus (Tg 1:18). A Igreja surgiu pela pregação da Palavra, e Jesus Cristo era sempre o tema da pregação (1Co 2:2; 1Co 1:23; At 2:41; 1Co 15:3,4). O primeiro discurso de Pedro, que resultou na conversão de tres mil almas, no dia de Pentecostes, foi construido em torno da Pessoa de Jesus, como tendo sido entregue pelo Conselho de Deus e ressuscitado para cumprir as profecias, para assentar-se no trono, exaltado a destra do Pai (At 2:22-36). O segundo discurso, que ampliou o numero de conversos dentro da primeira comunidade de santos, também teve a Pessoa de Jesus Cristo como foco central. A Ele Pedro atribuiu a cura do paralitico, explicando a sua missão redentora (At 3:12-18). Jesus Cristo, como Aquele de quem dera testemunho os profetas, ocupou o palco das explicações e das ministrações dos apóstolos em todos os episodios narrados no livro da historia da Igreja. Foi por ensinar em Seu Nome que Pedro e João foram perseguidos (At 5:27-32); Filipe ao chegar em Samaria, pregava a Cristo entre os samaritanos (At 8:5); Filipe explicou ao eunuco que o texto de Isaias 53 falava sobre Jesus Cristo (At 8:30-35), etc. Vemos que as primeiras comunidades e as primeiras conversões foram resultados da pregação sobre Jesus Cristo, o que nos mostra a relação entre a Palavra ministrada e a Palavra viva.
b) A Palavra é o alimento que sustenta a vida da Igreja, promovendo seu crescimento organico. Paulo afirma que a nossa vida esta escondida em Cristo (Cl 3:3), de modo que somos sustentados por Ele mediante a Sua Palavra (Mt 4:4; Ef 2:9). Essa sustentação da Igreja por Aquele que é seu originador é afirmada pelo proprio Senhor, quando, tomando como ponto de partida um episodio que girou em torno de uma multiplicação de pães - aproveitando-se do tema da alimentação - declarando ser "O pão vivo que desceu dos ceus", explicou sua missão redentora, concluindo: "Quem de mim se alimenta vivera por mim" (Jo 6:47-50,53-58). Pedro ratifica a relação entre o crente como um organismo vivo, e a Palavra como alimento para seu crescimento, exortando os seus leitores a desejar ardentemente o leite não falsificado (1Pe 2:2). O crescimento individual de cada crente, mediante o operar da Palavra em seu interior é descrito teologicamente como santificação, e Jesus afirmou que esta santificação é efetuada mediante a Palavra (Jo 17:17).
A Palavra como vinculo da unidade entre seus membros. Após mostrar aos crentes em Efeso a sua eleição, enquanto igreja (Ef 1:4,5), o seu proposito (Ef 1:6,9,10; 2,7), o modo pelo qual, como gentios, foram tornados um só corpo (2:14-16; 3:6), o apóstolo Paulo se preocupa em ensinar aos mesmos como deveriam andar, e sua primeira admoestação versa sobre a unidade dos salvos. E ele apela para esta unidade a partir de seis argumentos: Há um só corpo, há um só Espirito, um só Senhor, uma só fé, um só batismo e um só Deus (Ef 4:4-6). A Igreja, enquanto corpo de Cristo, tem seus membros sustentados pelo mesmo corpo doutrinario, e isto porque todos sao alimentados por um mesmo pão. Independente do lugar onde estejam, e da forma como expressam a sua fé, todos os membros do corpo de Cristo, regenerados pelo Espirito, se nutrem de um mesmo alimento espiritual. É por este aperfeiçoamento na unidade que ela testifica ao mundo acerca da verdadeira identidade e missão de Cristo - Jo 17:21,23.
d) A Palavra como espada da qual a Igreja se serve no combate as forças das Trevas. Ao falar da armadura espiritual da qual a igreja deveria revestir-se, como parte de seu preparo na batalha espiritual, Paulo inclui a espada do Espirito, que é a palavra de Deus (Ef 6:17). Jesus Cristo fez uso desta espada no deserto, quando foi desafiado pelo arqui-inimigo de Deus, demonstrando sua total credibilidade naquilo que estava escrito, bem como sua confiança na autoridade do texto sagrado. "Esta Escrito", e sendo aquilo que estava escrito a Palavra de Deus, constituia-se na maxima e absoluta autoridade espiritual (Lc 4:4,8,12).
e) A Palavra como semente que pela Igreja é semeada a fim de gerar outros filhos para Deus, promovendo assim seu crescimento quantitativo. Diferente da missão de Israel, cujo propósito era viver a Lei de Deus dentro de um lugar especifico, a Igreja foi comissionada as nações, e sua missão especifica é fazer discipulos mediante o ensino cujo conteudo constitui-se "em todas as coisas que Jesus ordenou" (Mt 28:19,20). A Igreja primitiva entendeu seu compromisso com esta proclamação e ensino (At 4:31; At 6:2; 12:24; 13:44,46). Os apóstolos entenderam que a fé salvifica vem e é gerada pela pregação da Palavra (Rm 10:16-17), de modo que, mesmo que eles ficassem impedidos fisicamente de ministrar, o mais importante era que a Palavra de Deus não ficasse presa (1Ts 3:1; 2Tm 2:9).
Conclusão
A Igreja tem sua origem na Palavra de Deus, que é Cristo Jesus, o Verbo Vivo e também a Palavra Escrita. Tendo a Palavra como sua fonte originadora, também dela depende para seu sustento, seu crescimento e sua missão. É pela Palavra que a Igreja vive, é a Palavra que constitui seu testemunho, é com a Palavra que ela vence o inferno. Portanto, não há como ser Igreja de Jesus Cristo se não mantiver uma relação inti,ma com a Palavra que Dele testifica.
Aplicação Pratica
1. Não negligencie os cultos e trabalhos em sua igreja onde a Palavra de Deus estiver sendo ministrada. Ela é seu alimento, e é por se preocupar com o seu crescimento espiritual que o Senhor envia pessoas para ministrar na Igreja.
2. Mantenha uma relação dinamica e viva com os crentes de sua igreja, seus irmãos na fé. Lembre-se de que nosso crescimento é efetuado em grupo, logo, a comunhão é indispensavel para seu progresso espiritual.
3. Não faça comparações entre as pessoas que ministram a Palavra, seja na pregação ou no estudo biblico. Lembre-se de que as pessoas sao apenas cooperadores: é Deus quem processa o crescimento.
Fixação de Aprendizagem
1. Determine a origem da Igreja
2. Justifique a importancia da Palavra de Deus para a Igreja, a partir dos cinco argumentos presentes no corpo da lição.
Fonte: revista da Escola Biblica Dominical "explicando as Escrituras" da Igreja Metodista Wesleyana.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

História do Metodismo no Brasil (Parte 06)

PRIMÓRDIOS DO METODISMO NO BRASIL

Aos metodistas cabe a honra de terem sido os iniciadores das missões evangélicas no Brasil, e os segundos na América Latina. Os presbiterianos, dos Estados Unidos, precederam-nos na Argentina em 1825, mas, poucos anos depois tiveram necessidade de encerrar suas atividades entre os portenhos. Entretanto, o Rev. Fountain Pitts retomou a marcha e em 1836 organizou em Buenos Aires a nossa primeira congregação. Já vimos que ao tempo da vinda dos metodistas para o Brasil, havia algumas denominações protestantes estabelecidas no Rio de Janeiro. Elas, todavia, se preocupavam apenas em dar assistência religiosa aos seus conterrâneos europeus, na língua mãe dos mesmos. Porém, os discípulos de João Wesley deslocaram-se para cá com o firme propósito de transmitir ao povo brasileiro o conhecimento do Evangelho através da divulgação da Bíblia e da pregação. Um panorama da época Nos dizeres do Rev. Pitts a época era das mais oportunas, não devendo ser desprezada. A porta estava aberta, mas um dia poderia fechar-se. De fato o sopro da liberdade corrida por toda a América. O Brasil, á semelhança de outras nações do contingente, acabara de obter a sua Independência. As relações entre o novo governo e a Santa Sé achavam-se estremecidas. A moral do clero deixava muito a desejar. O catolicismo pouco mais tinha a oferecer aos habitantes, além dos ofícios em latim, de procissões e, de quando em quando, um sermão em homenagem a determinado santo. As escolas de Primeiro Grau eram raríssimas; as estradas poucas e más; deficientes os meios de comunicação. A guerra dos Farrapos, que estourou no Sul, em 1835, perturbou a jovem nação durante dez anos. Mas, apesar de tudo, as condições políticas, o intercâmbio comercial com outros países, a vinda de imigrantes, e, enfim, o surto que tomava a agricultura, concorriam para animar o progresso do Brasil. Os metodistas também ensejavam dar a sua contribuição.

Os metodistas e a capital do Império

Os nossos pioneiros escolheram para quartel-general da obra a incetar, a cidade do Rio de Janeiro, sede então da Corte. Ali vivia o príncipe D. Pedro, futuro segundo imperador do Brasil. Nela estavam as representações de países estrangeiros, o Parlamento, a Regência, as grandes casas comerciais, a elite, além de pessoas de outras categorias sociais, e notadamente numerosos escravos negros. Sob estes recaiam os trabalhos mais deprimentes e penosos, como a venda ambulante nas ruas e o carregamento de mercadorias no porto, mas é preciso não esquecer os que serviam em casas ricas, desfrutando da amabilidade do Sinhô e da Sinhá. A cidade possuía algumas ruas, todas estreitas e geralmente calçadas com pedras. A mais importante era a Direita, depois a da Quitanda, centro do comércio de tecidos, e a do Ouvidor, onde se vendiam artigos de luxo. Igrejas havia uma porção, destacando-se pelo vulto a da Candelária. Hospitais também, sendo mais notável por sua antiguidade e ações a Santa Casa de Misericórdia, que atendia a toda a população indistintamente e mesmo aos marujos estrangeiros. Poucos os hotéis, sobretudo os de boa qualidade. Em matéria de ensino sobressaíram o educandário dos jesuítas, a Academia Imperial de Belas Artes, a Escola de Medicina e, em consonância com eles, a Biblioteca Nacional. Existiam, outrossim, cerca de três dezenas de escolas públicas e particulares. A influencia francesa era grande, até na imprensa. Circulavam diversos jornais. Os transportes urbanos (bondes), inaugurados recentemente, eram de tração animal. As ruas, iluminadas a lampião.

O Rev. Spaulding vem instalar a missão

Tendo acolhido favoravelmente as informações prestadas pelo Rev. Pitts, a Igreja Metodista nos Estados Unidos escolheu o Rev. Justin Spaulding, da Conferência Anual da Nova Inglaterra, para a missão no Brasil. Antes tinha ele sido designado para trabalhar na zona de Oregon, na costa do Pacifico, E.U.A., de que, entretanto desistiu. Uma vez aceita a honrosa, mas difícil tarefa e providenciados os meios necessários, embarcou o denodado missionário em Nova York a 23 de março de 1836. Em sua companhia vieram a esposa, o filhinho George Levi e a sua fiel empregada. Chegaram ao Rio de Janeiro a 29 de abril. Ate conseguir moradia na cidade, o Rev. Spaulding e família foram hóspedes por alguns dias do Sr. Thompson, o dedicado negociante inglês já nosso conhecido. Poucos dias depois, em sua própria residência, numa quarta-feira, deu inicio aos cultos em inglês com a presença de trinta a quarenta ouvintes. E não só isso, pregava também na casa daquele amigo, a cerca de três quilômetros, no sábado de manhã e a noite. Como, entretanto, houvesse expectativa de melhoria no trabalho local, o Rev. Spaulding alugou um edifício maior, no começo de junho, a razão de 31$000 por mês, no Largo da Glória. O novo salão comportava cento e cinqüenta a duzentas pessoas. Então passou a dirigir os cultos, ali, todos os domingos a noite, além do que começou a reunir crianças e jovens em Escola Dominical. No inicio, o numero destes oscilou entre doze e dezoito, mas chegou a alcançar ate cinqüenta. Organizou para os mesmos uma biblioteca, tendo os alunos contribuído certa vez com a quantia de 12$000. É interessante, outrossim, que a obra se estendeu a gente de cor, pois o arejado pastor criou duas classes para os negros, uma em inglês e outra em português. “O negro também tem capacidade de aprender e como as demais pessoas pode receber a Graça de Deus”, escreveu Spaulding, o qual se manifestou igualmente contra a escravidão por mais de uma vez.

Fonte: História do Metodismo no Brasil - José Gonçalves Salvador - Imprensa Metodista

o cordeiro "O sacrificio perfeito"

O Cordeiro O Sacrificio perfeito

A última praga foi precedida pela instituição da Páscoa, também chamada de "A Festa dos Pães Asmos", narrada em Êxodo 12. O Senhor chamou a Moises e a Arão (seu irmão) e deu-lhes instruções especificas para o sacrificio do cordeiro: -Cada familia tomaria um cordeiro, sem defeito; -o seu sangue seria passado nos umbrais das portas; -comeriam a carne assada no fogo, juntamente com pães sem fermento e ervas amargas; -deveriam comê-los vestidos e com as sandálias nos pés. Foi, assim, instituida a Páscoa do Senhor, para Seu memorial e celebrada por estatuto perpétuo (Ex 12). Páscoa quer dizer "passagem", que significa a passagem para uma nova vida. O sangue nas portas era a proteção contra o anjo da morte que viria naquela noite. A obdediência a essa ordem significava a proteção divina de cada familia de hebreus e aos seus primogênitos. Quando o destruidor passasse, ao ver o sangue, passaria ao largo daquelas casas. Assim aconteceu, quando o anjo da morte passou, matando todos os primogênitos, os hebreus foram protegidos pelo sangue do cordeiro pascal, espargido nas ombreiras das portas das suas casas (Ex 12:23). O plano de Deus para nós é que a ação da sua mão forte, que tirou Israel do Egito, seja também real, nos dias de hoje. Ele ama-nos, a tal ponto, que deu o Próprio Filho para morrer na Cruz pelos nossos pecados. Existem, então, dois tipos de sacrificio: o espiritual e o fisico. Para conquistarmos as bênçãos espirituais, como a salvação, sao necessarios sacrificios como o arrependimento, o batismo, o perdão, a oração, o jejum e o louvor. Quanto ao sacrificio fisico, porém, serve para conquistamos a libertação. Tal como sucedeu com o povo de Israel, é necessario que façamos o nosso sacrificio, como eles sacrificaram o cordeiro e sairam da escravidão; e quando o fizeram não foram de mãos vazias, mas sim com riquezas. Da mesma forma, se a pessoa, hoje em dia, deseja conquistar alguma coisa material, deverá fazer o sacrificio material. -o cordeiro sem defeito, macho, de um ano, simboliza o Senhor Jesus, "O Cordeiro de Deus" (Jo 1:29; 1Co 5:7; 1Pe 1:19); -o sangue do cordeiro que os hebreus passaram na ombreira da porta foi a sua proteção; salvou os primogênitos - o sangue de Cristo é para a nossa salvação, para nos abrir a "porta do ceu"; -os cordeiros da Páscoa morreram no lugar dos primogênitos de Israel. Cristo morreu por nós, pecadores (Rm 5:8; 1Pe 1:18-19; 1Jo 1:7); na Páscoa, os judeus não-cristãos celebram a sua libertação da escravidão no Egito. Na Semana Santa, os cristãos celebram a sua libertação da escravidão do pecado. "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração(...). Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas". (Dt 6:9).

Fonte: livro do Bispo Alfredo Paulo "a resposta através do fogo"

o sacrificio "uma atitude necessaria"

O Sacrificio

Uma atitude necessária


O sacrificio não se confinava apenas ao povo de Israel. O sacrificio sempre existiu, já que é justamente uma demonstração da fé no deus em quem se acredita. Por exemplo: os profetas de Baal fizeram o seu sacrificio cortando-se para que do ceu descesse fogo. Existem pessoas que desejam alcançar um propósito e que, para isso, comprometem-se a andar longos quilômetros de joelhos; sendo que estão, com isso, a demonstrar a fé no deus em quem acreditam. Aqueles que oferecem comidas e bebidas a espiritos estao, também, a fazer um sacrificio. O sacrificio é a demonstração da fé da pessoa e é, justamente, no sacrificio que se tem a comunhão entre o fiel e o seu deus. "Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios". (1Co 10:20). A partir do momento em que a pessoa sacrifica a Deus, esta a associar-se ao Próprio. O sacrificio é um esforço extraordinário para se alcançar um beneficio maior, por vezes renunciando as próprias vontades e interesses. Na vida secular, todos fazem os seus sacrificios, como por exemplo: as dietas rigorosas para se obter uma melhor figura; trabalhar horas extraordinarias e, inclusive, fin´-de-semana para consolidar uma posição profissional; passar anos numa faculdade para, no futuro, atingir uma estabilidade financeira; ou economizar em vez de sair de ferias sao atos que exigem sacrificio. Na vida espiritual nao é diferente; a pessoa que quer ser salva tem de sacrificar as suas vontades; deve perdoar, jejuar, pois sao sacrificios espirituais para se alcançar uma maior comunhão com Deus. O próprio Deus, quando quis resgatar a humanidade, usou o caminho do sacrificio, dando o Seu Único Filho por todos nós. Quando o Senhor Jesus estava falando com Pedro sobre o Seu sacrificio, este tentou dissuardi-lo, dizendo: "(...) Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens". (Mt 16:22-23). É exatamente isso que acontece quando a pessoa decide sacrificar. O mal não quer que a pessoa o faça, porque sabe que, se ela sacrificar a Deus, será recompensada. O sacrificio é uma prova direta feita a Deus, na qual a pessoa diz: "Se eu vou sacrificar a DEus, então, Ele tera de me responder. Agora, se ele não me responder, vou ficar ciente de que o deus a quem eu sacrifico não é Deus". Quando se sacrifica, demonstra-se a fé, e esta tem de trazer resultados.


Fonte: livro do Bispo Alfredo Paulo "a resposta através do fogo"

quinta-feira, 14 de abril de 2011

IMW em Venda Nova / Belo Horizonte - MG


Culto na IMW em Venda Nova /Belo Horizonte - MG

14/04/2011

Pastor Titular: Rev. Edmilson Araújo

Ministrante: Pr. Leopoldo

Mensagem: Minha Família no Altar de Deus

Gn 12:7,8

IMW em Venda Nova / Belo Horizonte - MG

Estudo Ministrado na Escola Bíblica Dominical na IMW em Venda Nova / Belo Horizonte – MG

22/08/2010

Pastor Titular: PR. Murilo Junior

Ministrante: PR. Leopoldo


O Estudo das Escrituras

“Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que testificam de mim”. João 5:39


Objetivo Geral:

Mostrar a importância que o estudo da Palavra tem para nossas vidas. Comentário Jesus disse certa vez aos saduceus: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus” (MT 22:29). Neste texto, o Senhor estabelece uma intima relação entre o desconhecimento da Escritura e o erro. O profeta Oseias já faz uma outra conexão, apontando para a relação intima entre o desconhecimento do Texto Sagrado e destruição, ou morte (Os 4:6). O autor de Hebreus acrescenta outro fator ao desconhecimento, que é a imaturidade espiritual (Hb 5:11,12). Por outro lado, são inúmeros os textos que apontam para os benefícios do estudo das Escrituras, ressaltando o valor da mesma para a vida humana e o serviço cristão (2Tm 2:15; 3:15,16; etc. Tendo em vista a relevância deste assunto para nossa vida e historia, esta lição reveste-se de vital importância para a Igreja, visto apresentar informações que nos ajudarão no estudo deste livro tão rico e santo.


1. A Escritura é um texto sagrado cujo propósito é revelar a Deus.

O termo sagrado, ou santo, já indica que não estamos diante de qualquer livro. A Bíblia é a Palavra de Deus (Hb 4:12). Assim, duas verdades se deduzem desta premissa: a) A postura que adotamos diante da Bíblia já é determinante para o entendimento que dela teremos. Se a Bíblia é a Palavra de Deus, a meditação em seu texto deve nos conduzir a voz do Senhor. Quando paramos para meditar na Escritura, estamos tirando um tempo para ouvir o Senhor. Era sobre o propiciatório, que ficava sobre a arca do concerto, onde o Senhor ordenou que se colocassem as tábuas da Lei, que Moisés escutava a voz do Senhor – Ex 25:22. No texto de Ex 25:10-22, se estabelece a intima conexão entre a voz audível e a Palavra escrita, de modo que não podemos dissociar estas duas coisas. No AT, isso era um privilégio concedido apenas a Moisés (Nm 12:6-8), mas após a morte de Jesus, o véu foi rasgado e ouvir Deus tornou-se prerrogativa de todo cristão. b) O conhecimento de Deus exige um conhecimento de todo o texto sagrado. A Bíblia tem 66 livros, e todos apontam para Jesus Cristo, logo, é na totalidade da Escritura que temos a totalidade da revelação Dele. Aqui se estabelece a necessidade do conhecimento de cada livro, bem como da relação de um com o outro e de seu lugar no cânon Sagrado. Deus se revelou dentro da História, e a História Sagrada ocupa-se de dois grupos específicos: Israel (AT) e a Igreja (NT). Então, faz-se necessário estudar a Biblia livro por livro, tomar cada livro como objeto de nosso estudo e meditação.

2. O Estudo Bíblico é determinante na nossa qualidade de vida e função ministerial

O Salmo 19:7-9 elenca alguns efeitos da Palavra de Deus dentro do ser humano: ela promove satisfação interior (alegra o coração), paz na mente, dominio das emoções e alivio da ansiedade (refrigera a alma), levanos a agir de forma prudente (da sabedoria) e ajuda a superar os conflitos, esclarece as situações e da perfeito discermimento da realidade (alumia os olhos). Se atentarmos bem para estas verdades, entendemos que a qualidade de nossa vida esta associada com aquilo que é posto dentro de nossa mente, ou seja, a Palavra. Logo, a nossa meditação na Palavra determinara a extensão daquilo que Deus efetuará em nossa vida. Acredito que esta é a verdade posta dentro da linguagem figurada da Bíblia, onde o homem que medita na lei do Senhor ou que vive na presença do Senhor é comparado com árvores que frutificam – Sl 1:3; Gn 49:22; Jr 17:7,8. De igual importância é a meditação bíblica para o exercício do ministério, tendo em vista que “...a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2Tm 3:16). É aquilo que Deus faz em nós que Ele deseja fazer nos outros. Portanto, quanto mais Deus age em nós, para um numero maior de pessoas desejará Ele manifestar Seus atos, de modo que estenderá os limites de Sua obra em nossa vida.


3. Diretrizes para uma meditação Bíblica

a) Escolha um livro e determine sua leitura por inteiro. Não passe para outro livro enquanto não terminar a leitura daquele que começou. b) B) Determine um horário e um lugar apropriados para a leitura e a reflexão da Biblia. Atente para o fato de que tanto a luz quanto a postura e o som influenciam na aprendizagem. c) C) Não tenha pressa. Se o seu tempo for curto, faça uma leitura menor, mas de qualidade. d) D) Ore. Não dispense a presença e a ajuda do próprio autor – Sl 119:18,73. e) Escreva, faça o registro de suas conclusões. f) Procure primeiramente, guardar o que o texto diz. Depois, procure extrair as verdades que ele contém, aquilo que pode ser deduzido a partir do próprio texto. Separe cada parte e procure as relações entre as informações que o texto oferece. Um exemplo simples: escolha Gn 12:1-3. Escreva cada versículo. Você vai observar que Deus diz para Abraão deixar algumas coisas (sua terra, sua parentela, sua família). E diz que vai Dara Abraão algumas coisas (uma terra, um grande nome, uma descendência). Assim, aprende-se do texto que, muitas vezes, para ganhar bênçãos de Deus em nossa vida teremos que fazer certas renúncias. Deus exigiu que Abraão deixasse algo que ele via para ir em direção aquilo que ele não via. Bom, por último, aplique estas verdades a sua própria vida e compartilhe o que você aprendeu. Deus da semente aquele que semeia (2Co 9:10).


Conclusão

O estudo das Escrituras é uma ordem divina, que perpassa toda a historia sagrada. Foi o conselho que Deus deu a Josué, a fim de que este fosse bem sucedido em seus empreendimentos (Js 1:7,8). Foi o conselho que Davi deu a Salomão para que este pudesse ter um reinado próspero (1Rs 2:3,4). Foi o conselho do salmista (Sl 1:1-3), e uma ordem do próprio Senhor (Jo 5:39), a fim de que experimentemos uma vida abundante, evitemos cair em erros e cresçamos na vida espiritual e também que tenhamos um ministério bem sucedido. Aplicação Pratica 1. Assuma um compromisso com a leitura da Bíblia, e de toda a Bíblia. E uma leitura proveitosa e aquela onde, depois de concluída podemos discorrer sobre o que lemos. 2. Medite diariamente na Bíblia. Seu crescimento espiritual depende disto, bem como a realização dos propósitos de Deus para contigo. Sua maturidade esta relacionada a isto, e de igual modo, o teu sucesso ministerial.


Fixação de Aprendizagem

1. A autora desta lição afirma que “A Escritura é um texto sagrado cujo próposito e revelar a Deus” e que duas verdades se deduzem desta premissa. Aponte essas verdades. 2. Argumente em defesa da idéia de que o estudo bíblico é determinante para a nossa qualidade de vida e função ministerial. 3. Aplique em sua vida as diretrizes propostas na lição para uma meditação bíblica.


Fonte: explicando as Escrituras “revista para Escola Bíblica Dominical da Igreja Metodista Wesleyana”.

terça-feira, 12 de abril de 2011

O Deus de novidades...

Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senäo de dizer e ouvir alguma novidade.Atos 17:21.

Os atenienses havia preparado um altar, aos deuses, e, em meios a eles colocaram um altar, com uma dedicação ao Deus desconhecido. O apóstolo Paulo foi até eles e levou essa grande novidade, apresentando-os o Deus desconhecido. Existe uma história dessa época(não sei se é verídica) que ouve grande mortes de animais em algumas residências,fazendas naquela região, e, um certo homem chegou para um dos fazendeiros e pediu que prendessem todas as ovelhas, e, que no outro dia soltassem as ovelhas,para o pasto, e aquela que não comesse nada ele oferecesse em holocausto. E assim o fazendeiro fez, por que uma ovelha ao sair do curral não comeu nada, por isso eles tinham o conhecimento de um Deus desconhecido.

Nós somos conhecedores desse desconhecido, que na verdade era desconhecido pelos atenienses,mais sabemos que ELE é o criador de tudo. Desde do principio ele trás novidades a existência; no episódio no Edem por exemplo, após a desobediência dos nossos pais Adão e Eva, talvez o diabo tenha pensado que tudo tinha terminado ali, mais tinha uma novidade. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.Génesis 3:15. Esse é o Deus de novidades; após 430 de escravidão no Egito Deus levou novidade aquele povo, libertação; depois de demonstrar seu poder através das pragas o povo caminhava rumo a terra prometida.

Quando olharam para trás, observaram que Faraó o perseguiam, mais com eles estavam o Deus de novidades; e o mesmo abriu o mar vermelho para que o povo pudesse passar em terra enxuta.A maior de suas novidades chama se Jesus, em meio a esse mundo de violência, guerra, brigas,etc... quando essa novidade entra em nossos corações tudo fica diferente, e conseguimos ver o mundo por outra visão, e entendemos o propósito de Deus. Aceite essa novidade como único salvador de sua vida e contempla o que Deus tem de melhor. Que Deus muito lhe abençoe.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

IMW no B. Veneza / Ribeirão das Neves - MG

Culto de Louvor & Adoração
03/04/2011
Pastor Titular - Pr. Ronildo Amaral
Pregador - Pr. Leopoldo
Mensagem - A Visão que as Pessoas Comuns não tem
Isaías 6:1



domingo, 3 de abril de 2011

História do Metodismo no Brasil (Parte 05)

A Resposta da Igreja Metodista Episcopal


Entendeu o Rev. Pitts que a situação constituia verdadeiro brado macedônico e que a Igreja Episcopal precisava ouvi-lo. Dai o teor otimista de suas diversas cartas. Ora, que ela o compreendeu suficientemente, não resta dúvida, pois ainda antes que retornasse a pátria, foram convocados missionarios para o novo campo. Assim, quando Pitts apresentou o relatório final as competentes autoridades eclesiásticas, estas não fizeram mais que confirmar as deliberações já adotadas. Em 1836, na primavera, o Rev. Fountain E. Pitts encontrava-se de regresso aos Estados Unidos. Nesse mesmo ano, embarca para o Brasil o seu sucessor, mas a ele cabe a honra de ser o precursor do metodismo em nosso pais e, talvez, o primeiro pregador no seculo XIX a anunciar, aqui, o Evangelho, em carater publico, embora em residencias particulares. O nome do Rev. Pitts ligou-se a nossa história dai por diante. Sua influência pode ser vista na decisão de um filho, o Dr. Joseph Pitts, de emigrar com a familia e com outros para a Amazônia, após a Guerra Civil. Ainda, em 1874, o velho progenitor fazia parte da Conferência Geral quando se decidiu enviar missionario para o Brasil, e na certa, sua voz se fez ouvir ali.


Fonte: História do Metodismo no Brasil - José Gonçalves Salvador - Imprensa Metodista

História do Metodismo no Brasil (Parte 04)

A presença do Rev. Pitts no Rio de Janeiro

O desembarque do pessoal que viajara no "Nelson Clark", realizou-se no dia 19, após a costumeira inspeção pelas autoridades alfandegarias. Nosso distinto passageiro trazia cartas de recomendação, dadas respectivamente pelo presidente americano Andrew Jackson e pelo estadista Henry Clay, as quais, certamente, facilitaram a obra que tinha em vista. É provavel, outrossim, estar munido de credenciais de Igreja. O certo é que, logo a chegada, encontrou alguem que o recebeu e o apresentou ao Rev. Fivers, missionario da London Missionary Society, o qual, com a esposa e uma sobrinha, estava a caminho da Índia. Almoçaram todos com o Sr. Thompson, piedoso comerciante inglês, estabelecido na cidade. Além do repasto, o hospedeiro proporcionou também ao enviado da Igreja Metodista Episcopal, horas agradaveis e muitas informações. Este senhor costumava dirigir uma reunião devocional no próprio lar, nos sabados a noite, e outra mensalmente, a favor da obra missionaria. Pitts foi convidado para oficiar a do sabado em que ali passou, e assim principiaram os seus primeiros contactos. Em carta ao Secretario Correspondente da Sociedade Missionaria, conta algo de suas observações. Já se achava no Rio há duas semanas e chegara a conclusão de que, efetivamente, Deus abrira amplamente uma porta para o Evangelho neste Pais. Os privilégios concedidos pelo governo do Brasil eram mais amplos do que esperava de uma nação católica. Permitia o culto aos adeptos de outros ramos cristãos, em suas moradias ou em edificios proprios, desde que sem a configuração de templos, mas isto pouco importava, escrevia Pitts, porque Deus é Espirito e pode ser adorado em qualquer lugar, pois não habita em casas feitas por mãos humanas. Ate aquele momento, já havia pregado sete ou oito vezes em residências particulares e organizado uma classe (ou congregação) com pessoas "que desejavam fugir da ira vindoura, e libertar-se de seus pecados". Denominou-se "nosso pequeno grupo de metodistas". Enquanto não chegasse o obreiro para conduzi-la, seus membros permaneceriam unidos, cada um animando ao outro e, para tanto, ofertou-lhes alguns hinários e exemplares da Disciplina da Igreja Metodista Episcopal. Também já pedira o envio de certos livros, com idênticas finalidades. Um dos membros era professor em florescente escola inglesa e se oferecera para distribuir a literatura. Nenhuma lei proibia a sua divulgação. O Novo Testamento, sobretudo, devia ser posto ao alcance do povo, pois o recem-chegado ministro informou-se de que muita gente queria ler as Escrituras. Despacha, então, para os Estados Unidos, um exemplar da tradução do Pe. João Ferreira de Almeida para ser examinado e reimpresso. Recomenda, outrossim, a publicação de porções do Novo Testamento, como fazemos atualmente. Residem na cidade, prossegue Pitts, muitos americanos e ingleses que aguardam ansiosos a vinda do futuro pastor metodista. Também a comunidade alemã esta interessada em que a Igreja Luterana lhes envie um ministro. Parece que a Seaman's Friend Society, dos Estados Unidos, encaminhará para cá dentro em breve um obreiro afim de dar assistencia espiritual aos marinheiros. A Igreja Episcopal já mantem trabalho, aqui, informa ainda o missivista. Não se esqueceu o arguto Rev. Pitts de obter outros dados. A população da cidade passava de 200.000 almas. O numero de igrejas é de cerca de vinte, sem contar uns dez conventos. O catolicismo tem perdido muito de seu prestigio, tanto assim que as procissões já não tem o brilho de outrora, o imperador Pedro I reduzira o numero de sacerdotes e transformara o convento de São Bento em arsenal do governo. O atual Regente (em vias de ser eleito), referia-se ao Pe. Diogo Antonio Feijó, ainda que sacerdote, era favorável ao casamento dos padres. Também na Assembléia e no Senado pontilhavam homens inteligentes. Por isso, concluia, o Rio de Janeiro oferece ótimo campo para a obra do Senhor Jesus. E então, dá mais estes sabios conselhos: "O missionario que for mandado deve vir imediatamente e começar logo o estudo da lingua portuguesa. Que seja um homem de vivo zelo, paciente como Jó e que encarne a verdadeira filosofia Cristã. Que ponha todos os cuidados nas mãos do Senhor Jesus e que pregue com o Espirito Santo mandado dos ceus que é o que eles desejam aqui, e não um mesquinho enganador filosofico, com uma visão superficial da santidade do coração, que será tão inficaz como o raio frigido da lua sobre uma montanha de gelo". Numa ultima missiva, enviada de Buenos Aires, repete mais ou menos as mesmas informações e torna a repisar as qualificações do pastor que há de vir: "Espero que o ministro que possa vir tenha mais prudencia do que agressividade para com a Igreja Romana. Assim agiu Paulo em face das superstições da Grécia. Se for cortes e respeitoso para com a ordem estabelecida, ser-lhe-á permitido pregar sem ser molestado. Agora a porta esta aberta. Se demorarmos poderá fechar-se".


Fonte: História do Metodismo no Brasil - José Gonçalvers Salvador - Imprensa Metodista

sexta-feira, 1 de abril de 2011

História do Metodismo no Brasil (Parte 03)

Rev. Fountain E. Pitts enfrenta o Atlântico


O Rev. Pitts, após a sua escolha, entrou imediatamente em ação. Ele próprio levantou recursos a fim de custear as despesas da longa e penosa viagem. De modo que, decorridas algumas semanas, pode embarcar na cidade de Baltimore, aos 28 de junho de 1835, com destino ao Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, nação ainda nova, visto que sua independência de Portugal datava de há poucos anos, mas, na qual; se desenvolviam idéias elevadas e progressistas. Uma vez alojado a bordo do navio "Nelson Clark" e vencidos os transtornos muito comuns nas viagens maritimas, o Rev. Pitts obteve licença para dirigir cultos com vistas a passageiros e tripulantes. Estes ultimos, todavia, apesar de irreligiosos, mostraram-se cortezes e respeitosos. Quem dirá se a semente do Evangelho veio a germinar no coração de algum ouvinte? Só Deus podera responder. Afinal, decorridos cinquenta e dois dias enfadonhos sobre as águas agitadas do Atlântico, a embarcação ancorou na Guanabara ao entardecer do dia 18 de agosto. O tempo estava firme, mas a aragem soprava fria. A noite ainda não caira, toldando a paisagem ao redor. O quadro que se descortinava aos olhos de Pitts e dos companheiros era deslumbrante. Desde os primeiros navegantes, no começo do seculo XVI, todos quantos adentravam a encantadora baia, expressaram entusiástica admiração. Poucos dias depois, escreveria ele, revelando dons óéticos: "Nasa pode exceder a beleza da baia, e a grandeza ou o cenário ao redor. Ela se assemelha a um lago extenso. Ilhas estão graciosamente engastadas em seu seio, e em suas margens, tanto quanto o olhar é capaz de alcançar, apresentam-se sorridentes nucleos urbanos e vilas. A terra sobressaindo gradualmente da água, através de montes e vales, os quais estão cobertos de interminavel verdura, ate que a visão é confinada por surpreendentes cumes das montanhas de granito marrom, que formam uma muralha ao redor da imensa bacia. E além disto, em dia claro, os picos azuis da serra dos Órgãos, podem ser vistos distintamente à distância de cinquenta milhas, acima do lençol de nuvens que pairam em baixo".


Fonte: Livro História do Metodismo no Brasil - José Gonçalves Salvador - Imprensa Metodista